quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Algumas ferramentas sugeridas por A.A. para trabalharmos o sentimento de inferioridade

" ALGUMAS FERRAMENTAS SUGERIDAS POR A.A. PARA TRABALHARMOS O SENTIMENTO DE INFERIORIDADE "
Por: Edson H.

No livro "NA OPINIÃO DO BILL", em seu índice, quando procuramos por "inferioridade" encontramos a observação `veja inadequabilidade ". Portanto", inferioridade "e" inadequabilidade "foram colocadas na mesma panela".

1. "A verdadeira ambição e a falsa".
Concentrávamos muito em nós mesmos e naqueles que nos cercavam. Sabíamos que éramos cutucados, por medos ou ansiedade descabidos, a uma vida que levava à fama, dinheiro e ao que supúnhamos que fosse liderança. Assim, o falso orgulho tornou-se o outro lado da terrível moeda com a marca do "medo". Simplesmente tínhamos que ser a pessoa mais importante, a fim de encobrir nossas inferioridades mais profundas."(pág. 46)".

FERRAMENTA: "A verdadeira ambição não é aquilo que achávamos que era. Ela é o profundo desejo de viver de maneira útil e caminhar humildemente, sob a graça de Deus".(pág. 46);

2. "Ver desaparecer a solidão".
Quase sem exceção, os alcoólicos são torturados pela solidão. Mesmo antes de nossas bebedeiras se tornarem graves e as pessoas começarem a se afastar de nós quase todos sofremos a sensação de estarmos sós. Ou éramos tímidos e não nos atrevíamos a nos aproximar dos outros, ou éramos capazes de ser bons sujeitos, sempre desejando ardentemente a atenção e o companheirismo, mas raramente conseguindo. Sempre existia aquela barreira misteriosa que não conseguíamos vencer nem entender.
Essa é uma das razões pela qual amávamos tanto o álcool. Mas até Baco nos traiu; ficamos finalmente arrasados e calmos numa terrível solidão."(pág. 90)".

FERRAMENTA: "A vida adquire um novo sentido em A.A. Ver pessoas se recuperarem, vê-los ajudarem os outros, ver desaparecer a solidão, ver crescer uma fraternidade ao redor de você, ter um grande número de amigos - essa é uma experiência que não deve ser perdida".(pág. 90);

3. "Vitória na derrota".
Convencido de que nunca poderia fazer parte e jurando nunca me conformar com o segundo lugar, eu sentia que simplesmente tinha que vencer em tudo que quisesse fazer: trabalho ou divertimento. Como essa atraente fórmula de boa-vida começou a dar resultado, de acordo com minha idéia de sucesso, tornei-me delirantemente feliz. Mas quando acontecia de um empreendimento falhar, me enchia de ressentimento e depressão que só podia ser curado com o próximo triunfo. Portanto, muito cedo comecei a avaliar tudo em termos de vitória ou derrota - "tudo ou nada". A única satisfação que eu conhecia era vencer."(pág. 135)".

FERRAMENTA: "Somente através da derrota total é que somos capazes de dar os primeiros passos em direção à libertação e à força. Nossa admissão de impotência pessoal finalmente vem a ser o leito de rocha firme, sobre o qual podem ser construídas vidas felizes e significativas".(pág.135)

4. "Defeitos e reparações".
Mais que a maioria, o alcoólico vive uma dupla vida. É um verdadeiro ator. Para as pessoas de fora ele se apresenta como se estivesse no palco. Isso é o que ele quer que os outros vejam. Quer gozar de uma certa reputação, mas sabe, do fundo do coração, que não a merece."(pág. 140)";

"O sentimento de culpa é realmente o reverso da moeda do orgulho. O sentimento de culpa visa à autodestruição, e o orgulho visa a destruição dos outros." (pág. 140);
FERRAMENTA: "O inventário moral é um exame ousado dos danos que nos ocorreram, durante a vida, e um sincero esforço para vê-los em sua verdadeira perspectiva. Ele tem o efeito de tirar o veneno de dentro de nós, a substância emocional que abate ou inibe ainda mais".(pág. 140);

5. "Apenas tentar".
Em minha adolescência eu tinha que ser um atleta, porque não era atleta. Tinha que ser um músico, porque não podia entoar a melodia mais simples. Tinha que ser o líder de minha classe no internato.
Tinha que ser o primeiro em tudo, porque em meu coração perverso eu sentia em mim mesmo a última das criaturas de Deus. Não podia aceitar minha profunda sensação de inferioridade, e assim me tornei capitão do time de beisebol, e assim aprendi a tocar violino. Tinha que ser sempre o líder. Foi essa espécie de exigência "tudo ou nada" que mais tarde me destruiu. (pág. 214)

FERRAMENTA: "Estou contente porque você vai tentar esse novo trabalho. Mas esteja certo de que vai apenas "tentar". Se você tiver a atitude de que "devo ser bem-sucedido, não devo falhar, não posso falhar", então você praticamente vai garantir o fracasso, que por sua vez vai garantir sua recaída na bebida. Mas se você considerar o empreendimento, como apenas uma experiência construtiva, então tudo sairá bem." (pág. 214);

6. "Já não estamos sozinhos".
O alcoolismo significa solidão, embora estivéssemos cercados de pessoas que nos amavam. Mas quando "nossa prepotência afastou todo mundo e nosso isolamento foi completo, começamos a bancar o importante em botequins de última categoria. Quando também isso acabou, tivemos que perambular, sozinhos, pela rua para depender da caridade dos transeuntes".
Ainda procuramos encontrar a segurança emocional, dominando ou nos fazendo dependentes dos outros. Mesmo quando nossa sorte não era das piores, não obstante nos encontramos sozinhos no mundo. Ainda inutilmente procuramos obter segurança, através de algum tipo de domínio ou dependência."(pág. 252)".

FERRAMENTA UM: Para aqueles de nós que eram assim, A.A. teve um significado muito especial. Nessa Irmandade começamos a aprender a nos relacionar bem com as pessoas que nos compreendem; não temos mais que estar sozinhos."(pág. 252)".

FERRAMENTA DOIS: (extraída do livrete "O MELHOR DE BILL"): "... Ajudado por qualquer Graça que pudesse obter através da oração, cheguei à conclusão de que eu tinha de apelar para toda minha força de vontade e ação para eliminar estas defeituosas dependências emocionais das pessoas, de A.A., na verdade, de qualquer conjunto de circunstâncias".(pág. 58).

"... Se examinarmos todo distúrbio emocional que temos, leve ou sério, encontraremos na origem do mesmo alguma dependência doentia e a exigência igualmente doentia que dela deriva. Renunciemos de maneira continua, com a ajuda de Deus, a essas exigências claudicantes. Então podemos sentir nos livres para viver e amar".(pág. 61).

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