quinta-feira, 30 de junho de 2016

Preparação para o Sétimo Passo



Preparação para o Sétimo Passo

Nós nos preparamos para o Sétimo Passo não ocultando nada de Deus – nenhum vislumbre de esperança em nossa capacidade de controlar –; certificando-nos de que superamos o medo de largar nossas imperfeições; aprendendo a nos aproximar de Deus, ficando à vontade na presença de Deus.

Oração para o Sétimo Passo
Meu Poder Superior.
Estou disposto a que tenhas tudo de mim, bom e mau. Rogo que agora elimines de mim todo defeito de caráter que atrapalha meu proveito para Ti e meus semelhantes. Concede-me forças, enquanto saio daqui para cumprir tuas ordens.

Reflexões Diárias de A.A.: 30/06


30 DE JUNHO

SACRIFÍCIO = UNIDADE = SOBREVIVÊNCIA

A unidade, a eficiência e mesmo a sobrevivência de A.A. sempre dependerão de nossa contínua boa vontade para renunciar a nossos desejos e ambições pessoais, pela segurança e o bem-estar comum. Do mesmo modo que o sacrifício significa sobrevivência para o indivíduo, também significa unidade e sobrevivência para o Grupo e para a irmandade de A.A. como um todo.
 NA OPINIÃO DO BILL, p.220

   Aprendi que devo sacrificar algumas de minhas características pessoais para o bem de A.A. e, como resultado, tenho sido recompensado com muitas dádivas. O falso orgulho pode ser inflado pelo prestígio, mas vivendo a Sexta Tradição, recebo a dádiva da humildade. Cooperação sem afiliação muitas vezes é enganadora. Se não me envolvo com outros interesses, estou livre para manter A.A. autônomo. Então a Irmandade estará aqui, saudável e forte para as gerações que virão.
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Meditação do dia:
Hoje em dia, meu cérebro não dispara mais compulsivamente para a exaltação, a grandiosidade ou a depressão. Consegui um lugar calmo sob o sol brilhante.”
(O Melhor de Bill, p.53)


Daily Reflection
JUNE 30
SACRIFICE = UNITY = SURVIVAL

The unity, the effectiveness, and even the survival of A.A. will always depend upon our continued willingness to give up some of our personal ambitions and desires for the common safety and welfare. Just as sacrifice means survival for the individual alcoholic, so does sacrifice mean unity and survival for the group and for A.A.'s entire Fellowship.
AS BILL SEES IT, p. 220

I have learned that I must sacrifice some of my personality traits for the good of A.A. and, as a result, I have been rewarded with many gifts. False pride can be inflated through prestige but, by living Tradition Six, I receive the gift of humility instead. Cooperation without affiliation is often deceiving. If I remain unrelated to outside interests, I am free to keep A.A. autonomous. Then the Fellowship will be here, healthy and strong for generations to come.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 29/06


29 DE JUNHO
 UM EFEITO DE ONDULAÇÃO

Tendo aprendido a viver de forma tão feliz, mostraríamos ao resto do mundo como fazê-lo... Sim, nós de A.A. idealizamos tais sonhos. Nada mais natural, pois a maioria dos alcoólicos não passa de idealistas falidos... Por que então não compartilhar o nosso modo de vida com o resto do mundo?
 OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES, p.140

  A grande descoberta da sobriedade levou-me a sentir a necessidade de espalhar as “boas novas” para o mundo à minha volta. Os pensamentos grandiosos dos meus dias de bebida retornaram. Mais tarde, aprendi que a concentração em minha própria recuperação era um processo de plena dedicação. Quando tornei-me um cidadão sóbrio neste mundo, observei um efeito de ondulação que, sem qualquer esforço consciente de minha parte, alcançou outras “entidades relacionadas ou empresas alheias”, sem me desviar do propósito primordial de manter-me sóbrio e ajudar outros alcoólicos a atingir a sobriedade.
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Meditação do dia:
Leve esta mensagem a outros alcoólicos! Você pode ajudar quando ninguém mais puder. Você pode obter a confiança deles, quando as outras pessoas não conseguirem. Lembre-se de que eles estão muito doentes.”
(Alcoólicos Anônimos, p.117 ou p.109)


 
 Daily Reflection
JUNE 29
A RIPPLING EFFECT

Having learned to live so happily, we'd show everyone else how. . . . Yes, we of A.A. did dream those dreams. How natural that was, since most alcoholics are bankrupt idealists. . . . So why shouldn't we share our way of life with everyone?
TWELVE STEPS AND TWELVE TRADITIONS, p. 156

The great discovery of sobriety led me to feel the need to spread the "good news" to the world around me. The grandiose thoughts of my drinking days returned. Later, I learned that concentrating on my own recovery was a full-time process. As I became a sober citizen in this world, I observed a rippling effect which, without any conscious effort on my part, reached any "related facility or outside enterprise," without diverting me from my primary purpose of staying sober and helping other alcoholics to achieve sobriety.

terça-feira, 28 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 28/06


28 DE JUNHO

 A DETERMINAÇÃO DE NOSSOS FUNDADORES

Um ano e seis meses depois, estas três pessoas haviam alcançado êxito junto com mais sete.
 ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, p.172 ou  p.187

   Se não fosse a férrea determinação de nossos fundadores, A.A. teria desaparecido rapidamente, como tantas outras chamadas boas causas. Vejo as centenas de reuniões na cidade onde vivo e sei que A.A. está à disposição 24 horas por dia. Se eu tivesse de continuar com nada além da esperança e do desejo de não beber, experimentando rejeição por onde quer que fosse, teria procurado o caminho mais fácil e suave, e retornado ao meu antigo modo de viver.
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Meditação do dia:
No momento em que o trabalho do Décimo Segundo Passo forma um grupo, uma descoberta é feita – que a maioria dos indivíduos não consegue se recuperar, se não houver um grupo.”
(Na Opinião do Bill, p.9)


 

Daily Reflection
JUNE 28
THE DETERMINATION OF OUR FOUNDERS

A year and six months later these three had succeeded with seven more.
ALCOHOLICS ANONYMOUS, p. 159

If it had not been for the fierce determination of our founders, A.A. would have quickly faded like so many other so-called good causes. I look at the hundreds of meetings weekly in the city where I live and I know A.A. is available twenty-four hours a day. If I had had to hang on with nothing but hope and a desire not to drink, experiencing rejection wherever I went, I would have sought the easier, softer way and returned to my previous way of life.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 27/06


27 DE JUNHO
 ACEITANDO A MANEIRA DE A.A.

Seguimos os Passos e as Tradições de A.A. porque realmente os desejamos para nós. Não é mais uma questão de ser uma coisa boa ou ruim; aceitamos porque sinceramente desejamos aceitar. Esse é o processo de crescimento em unidade e serviço. Essa é a prova da graça e do amor de Deus entre nós.
 A.A. ATINGE A MAIORIDADE, p.96 ou p.93

    É divertido observar o meu crescimento em A.A. Eu lutei contra aceitar os princípios de A.A. desde o momento em que ingressei, mas aprendi pela dor de minha beligerância que, escolhendo viver pela maneira de vida de A.A., me abria para a graça e o amor de Deus. Então comecei a conhecer o significado completo de ser um membro de Alcoólicos Anônimos.
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Meditação do dia:
Quando dizemos que A.A. não prega nenhuma doutrina teológica, a não ser 'Deus como nós o concebemos', simplificamos muito a vida de A.A., evitando conflito e rejeição.”
(O Melhor de Bill, p.162)


Daily Reflection
JUNE 27
CONFORMING TO THE A.A. WAY

We obey A.A.'s Steps and Traditions because we really want them for ourselves. It is no longer a question of good or evil; we conform because we genuinely want to conform. Such is our process of growth in unity and function. Such is the evidence of God's grace and love among us.
A.A. COMES OF AGE, p. 106

It is fun to watch myself grow in A.A. I fought conformity to A.A. principles from the moment I entered, but I learned from the pain of my belligerence that, in choosing to live the A A. way of life, I opened myself to God's grace and love. Then I began to know the full meaning of being a member of Alcoholics Anonymous.

domingo, 26 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 26/06


26 DE JUNHO

UMA DÁDIVA QUE CRESCE COM O TEMPO

Para a maioria das pessoas normais, a bebida significa o convívio, o companheirismo e uma imaginação colorida. Significa a liberação momentânea da ansiedade, do desgosto e da angústia. É a intimidade alegre com os amigos e o sentido de que a vida é boa.
 ALCOÓLICOS ANÔNIMOS, p. 165 ou p. 179

     Quanto mais perseguia estes sentimentos ilusórios com o álcool, mais fora de alcance eles ficavam. Contudo, aplicando esta passagem para minha sobriedade, descobri que ela descreve a magnífica vida nova disponível para mim pelo programa de A.A. As coisas realmente melhoram, um dia de cada vez. O calor, o amor e a alegria tão simplesmente expressos nestas palavras, crescem em alcance e profundidade cada vez que as leio. Sobriedade é uma dádiva que cresce com o tempo.
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Meditação do dia:
Tenho excelentes razões para crer que os momentos de percepção podem construir uma vida de serenidade espiritual. As raízes da realidade se firmarão, suplantando as ervas daninhas neuróticas e apesar do furacão das forças que nos destruíram ou que usaríamos para nos destruir.”
(Na Opinião do Bill, p.173)




Daily Reflection
JUNE 26
A GIFT THAT GROWS WITH TIME

For most normal folks, drinking means conviviality, companionship and colorful imagination. It means release from care, boredom and worry. It is joyous intimacy with friends and a feeling that life is good.
ALCOHOLICS ANONYMOUS, p. 151

The longer I chased these elusive feelings with alcohol, the more out of reach they were. However, by applying this passage to my sobriety, I found that it described the magnificent new life made available to me by the A.A. program. "It" truly does "get better" one day at a time. The warmth, the love and the joy so simply expressed in these words grow in breadth and depth each time I read it. Sobriety is a gift that grows with time.

sábado, 25 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 25/06


 25 DE JUNHO
 UMA RUA DE MÃO DUPLA

Se pedirmos, Deus certamente perdoará nossas negligências.
   Porém sem a nossa cooperação, em nenhum caso nos torna brancos como a neve e nos mantém assim.
 OS DOZE PASSOS E AS DOZE TRADIÇÕES, p.57

    Quando rezava, costumava omitir muitas coisas que eu precisava que fossem perdoadas. Pensava que se não falasse dessas coisas para Deus, Ele nunca ficaria sabendo sobre elas.
   Não sabia que se eu tivesse me perdoado por algumas das minhas ações passadas, Deus me perdoaria também. Sempre fui instruído a me preparar para a jornada da vida, nunca percebendo até chegar em A.A. que a própria vida é a jornada – quando então honestamente tornei-me disposto a aprender a perdoar e a ser perdoado. A jornada da vida é algo muito feliz, desde que eu esteja disposto a aceitar uma mudança de vida e responsabilidade.
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Meditação do dia:
Falíveis como somos e sempre seremos nesta vida, é presunção supor que poderemos alcançar uma honestidade absoluta. O melhor que poderemos fazer é atingir uma melhor qualidade de honestidade.”
(Na Opinião do Bill, p.172)


Daily Reflection
JUNE 25
 A TWO-WAY STREET

If we ask, God will certainly forgive our derelictions. But in no case does He render us white as snow and keep us that way without our cooperation.
TWELVE STEPS AND TWELVE TRADITIONS, p. 65

When I prayed, I used to omit a lot of things for which I needed to be forgiven. I thought that if I didn't mention these things to God, He would never know about them. I did not know that if I had just forgiven myself for some of my past deeds, God would forgive me also. I was always taught to prepare for the journey through life, never realizing until I came to A.A. – when I honestly became willing to be taught forgiveness and forgiving – that life itself is the journey. The journey of life is a very happy one, as long as I am willing to accept change and responsibility.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 24/06


24 DE JUNHO
 UM JARDIM DE INFÂNCIA ESPIRITUAL

Estamos apenas pondo em funcionamento um jardim de infância espiritual, no qual as pessoas ficam capacitadas a parar de beber e a encontrar a graça para viver de melhor maneira.
 NA OPINIÃO DO BILL, p.95

   Quando vim para A.A. estava correndo para a garrafa e desejava perder a obsessão pela bebida, mas realmente não sabia como fazê-lo. Decidi ficar o tempo suficiente para descobrir com aqueles que vieram antes de mim. De repente estava pensando sobre Deus! Me falaram para conseguir um Poder Superior e eu não tinha ideia de como seria Este. Descobri então que havia muitos Poderes Superiores. Falaram-me para achar Deus, como eu O concebo, pois não havia doutrina de divindade em A.A. Encontrei o Poder Superior que funcionava para mim e então pedi a Ele que me devolvesse à sanidade. A obsessão pela bebida foi removida e – um dia de cada vez – minha vida continuou e aprendi como viver sóbrio.
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Meditação do dia:
Assim, quando ouço hoje a Música das Esferas de Deus, posso ouvir novamente aqueles coros divinos através dos quais sou informado de que o Grande Compositor me ama – e de que eu O amo.”
(O Melhor de Bill, p.46/47)


Daily Reflection
JUNE 24
A SPIRITUAL KINDERGARTEN

We are only operating a spiritual kindergarten in which people are enabled to get over drinking and find the grace to go on living to better effect.
AS BILL SEES IT, p. 95

When I came to A.A., I was run down by the bottle and wanted to lose the obsession to drink, but I didn't really know how to do that. I decided to stick around long enough to find out from the ones who went before me. All of a sudden I was thinking about God! I was told to get a Higher Power and I had no idea what one looked like. I found out there are many Higher Powers. I was told to find God, as I understand Him, that there was no doctrine of the Godhead in A.A. I found what worked for me and then asked that Power to restore me to sanity. The obsession to drink was removed and – one day at a time – my life went on, and I learned how to live sober.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 23/06


23 DE JUNHO
 CONFIANDO NOS OUTROS

Mas acaso a confiança exige que sejamos cegos em relação aos motivos dos outros ou até aos nossos? Absolutamente; isto seria uma loucura. Certamente deveríamos avaliar tanto a capacidade de fazer o mal como a capacidade de fazer o bem nas pessoas em quem vamos confiar. Esse inventário particular pode revelar o grau de confiança que podemos depositar em qualquer situação que se apresente.
 NA OPINIÃO DO BILL, p. 144

       Eu não sou vítima dos outros, mas sim uma vítima de minhas expectativas, escolhas e desonestidade. Quando espero que os outros sejam o que eu quero que sejam e não o que eles são, quando eles deixam de alcançar minhas expectativas, então me magoo. Quando minhas escolhas são baseadas em meu egocentrismo, me encontro sozinho e desconfiado. Adquiro confiança em mim mesmo, contudo, quando pratico a honestidade em todos os meus assuntos. Quando examino meus motivos e sou honesto e confiante, sou consciente dos possíveis danos que surgem em algumas situações, podendo assim evitá-las.
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Meditação do dia:
Quando a confiança envolve uma outra pessoa, talvez a ideia mais importante, mas negligenciada, a defender seja a de que confiar muda a pessoa que confia. De fato, quando a confiança envolve a confiança concreta em outra pessoa, eu afirmaria também que o confiar muda ambas as pessoas, a que é objeto da confiança e a que confia.”
(Espiritualidade para Céticos – Robert C. Solomon, p.114)




Daily Reflection
JUNE 23
 TRUSTING OTHERS

But does trust require that we be blind to other people's motives or, indeed, to our own? Not at all; this would be folly. Most certainly, we should assess the capacity for harm as well as the capability for good in every person that we would trust. Such a private inventory can reveal the degree of confidence we should extend in any given situation.
AS BILL SEES IT, p. 144

I am not a victim of others, but rather a victim of my expectations, choices and dishonesty. When I expect others to be what I want them to be and not who they are, when they fail to meet my expectations, I am hurt. When my choices are based on self-centeredness, I find I am lonely and distrustful. I gain confidence in myself, however, when I practice honesty in all my affairs. When I search my motives and am honest and trusting, I am aware of the capacity for harm in situations and can avoid those that are harmful.

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 22/06


22 DE JUNHO
 HOJE, ESTOU LIVRE

Isso me levou à boa e saudável conclusão de que havia muitas situações no mundo sobre as quais eu não tinha nenhum poder pessoal – que se estava tão pronto a admitir isso a respeito do álcool, devia admitir também em relação a muitas outras coisas. Tinha que ficar quieto e entender que Ele era Deus, não eu.
 NA OPINIÃO DO BILL, p.114

             
    Estou aprendendo a praticar aceitação em todas as circunstâncias de minha vida, para poder desfrutar de paz de espírito. Houve um tempo em que a vida era uma batalha constante, porque eu sentia que tinha que passar cada dia lutando comigo mesmo e com todo mundo. Finalmente isso tornou-se uma batalha perdida. Terminava embriagado e chorando sobre minha miséria. Quando comecei a me soltar e a deixar Deus tomar conta de minha vida, comecei a ter paz de espírito. Hoje sou livre.
    Não preciso lutar contra mais nada nem contra ninguém.
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Meditação do dia:
Demonstramos nossa humildade permitindo que Deus nos conduza por nossa cura. Nossa diretriz precisa ser o caminho dele, não o nosso.”
(Doze Passos para os Cristãos – jornada espiritual com amor exigente, p.105)


Daily Reflection
JUNE 22
TODAY, I'M FREE

This brought me to the good healthy realization that there were plenty of situations left in the world over which I had no personal power – that if I was so ready to admit that to be the case with alcohol, so I must make the same admission with respect to much else. I would have to be still and know that He, not I, was God.
AS BILL SEES IT, p. 114

I am learning to practice acceptance in all circumstances of my life, so that I may enjoy peace of mind. At one time life was a constant battle because I felt I had to go through each day fighting myself, and everyone else. Eventually, this became a losing battle. I ended up getting drunk and crying over my misery. When I began to let go and let God take over my life I began to have peace of mind. Today, I am free. I do not have to fight anybody or anythinganymore.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Reflexões Diárias de A.A.: 21/06


21 DE JUNHO
 MEDO E FÉ
 
     A conquista da libertação do medo é uma tarefa para toda a vida, é algo que nunca pode ficar completamente concluído.
    Ao sermos duramente atacados, estarmos gravemente enfermos ou em qualquer situação de séria insegurança, todos nós vamos reagir a essa emoção de alguma maneira – bem ou mal – conforme o caso se apresente. Somente os que enganam a si mesmos alegam que estão totalmente livres do medo.
 NA OPINIÃO DO BILL, p.263
 
   O medo causou-me muito sofrimento, quando poderia ter tido mais fé. Há horas em que o medo subitamente me arrasa. Justamente quando estou experimentando sentimentos de alegria, felicidade e leveza no coração. A fé – e um sentimento de valor próprio em relação a um Poder Superior – me ajudam a suportar a tragédia e o êxtase. Quando optar por entregar ao meu Poder Superior todos os meus medos, então eu serei livre.
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Meditação do dia:
O vasto medo subjacente à inexistência de um significado começa a desaparecer. Consequentemente, nós de A.A. descobrimos que nosso antídoto básico para o medo é um despertar espiritual.”
(A Linguagem do Coração, p.316 ou O Melhor de Bill, p.16)

 


Daily Reflection
JUNE 21
FEAR AND FAITH

The achievement of freedom from fear is a lifetime undertaking, one that can never be wholly completed. When under heavy attack, acute illness, or in other conditions of serious insecurity, we shall all react to this emotion — well or badly, as the case may be. Only the self-deceived will claim perfect freedom from fear.
AS BILL SEES IT, p. 263

Fear has caused suffering when I could have had more faith. There are times when fear suddenly tears me apart, just when I'm experiencing feelings of joy, happiness and a lightness of heart. Faith — and a feeling of self-worth toward a Higher Power — helps me endure tragedy and ecstasy. When I choose to give all of my fears over to my Higher Power, I will be free.

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Sobriedade Consciente e Inconsciente





 
 

asci em 1949, na cidade do Rio de Janeiro, provavelmente já possuindo o gene do alcoolismo. Na genética clássica, o gene é a unidade funcional da hereditariedade, sendo esta palavra criada em 1909, pelo botânico dinamarquês Wilhelm Ludvig Johannsen.

Tornei-me ciente da minha doença do alcoolismo, provavelmente fruto de um atavismo, no final do ano de 2014, quando atingi o meu “fundo de poço”. Fui então resgatado pela minha filha e por minha ex-esposa, indo de Belo Horizonte para o Rio de Janeiro, onde fui ingressado em Alcoólicos Anônimos no Grupo Igualdade, localizado em Niterói. Após o meu retorno a BH, cidade onde moro e trabalho, passei a frequentar o Grupo Carmo Sion. Hoje considero que A.A. e minha família salvaram a minha vida.

Em tempo, pois já ia me esquecendo, meu nome é Franz H., sou engenheiro e atuo até hoje como tal. Após minha graduação em engenharia, trabalhei como pesquisador por dez anos, fato este que, pelo costume, me proporcionou um grande e contínuo interesse por constantes procuras pelos “porquês” da vida.

Como membro de A.A., passei a refletir sobre a afirmação utilizada pela maioria dos nossos companheiros e companheiras: “Sou um alcoólico em recuperação”. Mas até quando? Consigo me recuperar? É possível atingirmos um estado de Sobriedade Consciente (SC) ou até mesmo a Sobriedade Inconsciente (SI)?

Na tentativa de responder estes questionamentos que corriqueiramente fazemos como AA’s  ̶ esta é a minha Tese  ̶, faz- se necessário um breve retorno à literatura psicanalítica. Sigmund Freud, “o pai da psicanálise”, em primeira instância dividiu o cérebro humano em duas partes: o “Consciente” e o “Inconsciente”, sendo este último também chamado de Subconsciente.

Figurativamente, são as duas zonas de um iceberg.
 
Nós, seres humanos, temos acesso ao nosso Consciente e até mesmo podemos controlá-lo.
 
 No Consciente estão o raciocínio, os pensamentos e nossas percepções. O nosso Inconsciente, menos flexível, não permite ser controlado por nós, ele que nos controla. Em sua estrutura estão as nossas lembranças, memórias, medos, recalques e desejos.

Como exemplos, o nosso Inconsciente nos permite ter acessos às lembranças de fortes emoções que tivemos em nossas vidas, fatos recentes e significativos, bem como os fatos que foram arquivados devido às inúmeras repetições. Acho que todos se lembram do ditado: “É como andar de bicicleta, a gente nunca esquece”.

Nós, os alcoólicos, quando ingressamos em A.A., vindos de uma “tempestade”, iniciamos a nossa trajetória rumo aos níveis de sobriedade, se, como condição primordial, admitimos o “Primeiro Passo”, que diz: “Admitimos que éramos impotentes perante o álcool – que tínhamos perdido o domínio sobre nossas vidas”; e , com similar importância, abraçamos efetivamente o programa de nossa Irmandade e seus princípios, atuando com perseverança, humildade e honestidade e sempre usando como lemas: “Frequentar as Reuniões” e “Evitar o Primeiro Gole”.

O gráfico apresentado a seguir, “coisas de engenheiro”, ilustra níveis de sobriedade de um AA com o tempo e exemplifica as suas diversas trajetórias. No gráfico não estão representadas escalas (ex.: meses, anos, etc.), pois estas são inerentes a cada um de nós alcoólicos; é um gráfico qualitativo. A Tese aqui apresentada tem como objetivo a liberdade de sugerir que existem dois principais Níveis de Sobriedade (NS) em uma mente alcoólica: Sobriedade Consciente (SC) e a Sobriedade Inconsciente (SI).


Ingressamos em A.A. no Nível de Sobriedade “zero” e começamos a nossa trajetória na Zona de Recuperação (ZR) e, em minha opinião, nesta fase podemos dizer: “Sou um alcoólico em recuperação”. Na ZR, podemos ter as mais variadas trajetórias, ou seja, mantermo-nos sóbrios, ou, após um período de sobriedade, infelizmente recairmos por algum “motivo”, podendo ou não posteriormente retornar à sobriedade, como demonstram as curvas 3, 4 e 5. Porém, para os que efetivamente atentam para os fundamentos e orientações de A.A., estes podem ter a chance de atingir o nível de Sobriedade Consciente (SC) e permanecerem nesta zona, que eu a chamo de Zona de Manutenção (ZM). Neste estágio, podemos dizer: “Sou um alcoólico em manutenção”. Esta é uma fase interessante, pois nos eleva a uma sensação de “alcoólico recuperado”, mesmo sabendo que infelizmente o alcoolismo não tem cura, somente tratamento. As curvas 1 e 2 representam esta trajetória. Cabe ressaltar, que uma vez estando na zona ZR, ainda corremos riscos de recaídas. Todavia, neste estágio de sobriedade, temos mais recursos e conhecimentos para evitar o “retorno ao copo”.

Vocês se lembram do “saber andar de bicicleta”? - Lembrança que o nosso Inconsciente armazenou por ter sido um ato extremamente repetitivo; logo, em nossas reuniões terapêuticas de A.A. (“terapia dos iguais”), também por inúmeras repetições sobre permanecermos atentos ao ato de não ingerir bebidas alcoólicas, passamos à condição de vivenciar: “Eu hoje posso não beber”. Neste estado de espírito, o membro de A.A., com o passar do tempo, mantendo-se focado nos fundamentos de Alcoólicos Anônimos, tem a possibilidade de atingir a zona por mim chamada de Zona de Estabilidade (ZE) e possivelmente atingir, em um maior nível, a Sobriedade Inconsciente (SI), mantendo-se na Zona de Estabilidade Plena (ZEP), como mostra a curva 6 do gráfico. Considero que este nível sobriedade é para poucos. Há que se ressaltar que muitas 24 horas em A.A., mesmo sem ingestão de bebidas alcoólicas, não asseguram necessariamente a nossa sobriedade plena. Nós, doentes alcoólicos, temos que estar sempre atentos e focados em nossa meta de “Evitar o Primeiro Gole”.

Em fim, a Tese aqui apresentada tem como objetivo estabelecer correlações entre a mente de um alcoólico de A.A. e os seus possíveis níveis de sobriedade. Todavia, esta Tese não pretende esgotar o assunto e nem tem a pretensão de que os leitores tomem-na como verdadeira. Vai depender da análise de cada um...