sábado, 29 de outubro de 2011

Interdependência vital (UNIDADE)

Interdependência vital (UNIDADE)

"Uma célula fora do corpo é uma célula morta"

Alguns até podem encontrar o caminho da recuperação sozinhos. Muitos até já o fizeram e a maioria de nós conhece exemplos disso. Mas todos os que estão entre nós, não o conseguiram.

Para nós foi essencial a existência de um grupo, onde, num ambiente de liberdade e cooperação, conservando nossa identidade, absorvemos experiência de outros indivíduos e também transmitimos as nossas.

O convívio e a troca de experiências nos permitiram crescer em todos os sentidos.

Nossa Primeira Tradição aborda essa necessidade, destacando que a nossa recuperação depende da Unidade da Irmandade.

Suponhamos que em determinado grupo um companheiro não esteja satisfeito com determinado procedimento. Se ele se afastar de seu grupo, estará enfraquecendo a Unidade, pois, se todo contrariado ou insatisfeito se afastar, em pouco tempo o grupo desaparece e os que estão por chegar poderão perecer por falta de auxílio. Entretanto, se ele se manifestar, colocando e discutindo claramente sua opinião, certamente será ouvida e a questão será levada à consciência para decisão, contribuindo para o crescimento e a unidade do grupo.

Suponhamos agora que determinado grupo tenha restrições a procedimentos da Estrutura de Serviços, ou à própria estrutura em si. Em que ele será beneficiado, mantendo-se no isolamento? Será que um grupo, para crescer e se manter informado sobre novas necessidades e novas experiências, não tem também necessidade de se comunicar com outros grupos? Como a Irmandade estará em Unidade se os grupos se mantiverem isolados e incomunicáveis?

Assim como do membro nada se exige e a nada se obriga para que faça parte do grupo, do grupo nada se exige e nem se obriga para que tome parte nos órgãos de serviços.

Da mesma forma que o membro não precisa abrir mão de sua personalidade e sua opinião, o grupo não precisa abrir mão de suas características para se unir à estrutura. Sua autonomia permanece garantida pela Tradição Quatro. Além disso, a contribuição para os órgãos de serviços é como a sacola na sala de reuniões: quem tem põe...

Costumo comparar a nossa Irmandade a um corpo vivo, onde cada célula, independente da função ou do órgão do corpo a que pertence, traz no seu núcleo o código genético completo do indivíduo (DNA). Cada indivíduo corresponderia a uma célula, cada grupo a um órgão, cada conjunto de grupos (Distrito/Área) a um sistema, o conjunto de sistemas formando o corpo (a Irmandade). Não existe célula, tecido, órgão ou sistema mais importante; o corpo só vive em plenitude quando todos desempenham suas funções em harmonia e cooperação. Uma célula fora do corpo é uma célula morta. O órgão fora do corpo apodrece e morre e, além de morrer, pode provocar a morte do corpo!

(Gilson, Rio de Janeiro/RJ)

Vivência - maio/junho 2000)

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