sábado, 21 de julho de 2012

O plano que eu precisei ver para crer


O plano que eu precisei ver para crer


O primeiro gole só pode ser evitado hoje.

Confesso que o plano das vinte e quatro horas nunca havia me impressionado, pois quando decidi aceitar a programação e dar um basta àquele sofrimento, entreguei-me de corpo e alma às reuniões. 

Quando não tinha reunião no Grupo onde eu havia ingressado, ia em outros Grupos da região e nas horas vagas estava sempre com literatura de A.A nas mãos. Assim, eu não via onde aplicar o plano das vinte e quatro horas.

Certa vez fui visitar um cliente que possui um alambique numa cidade bem próxima à minha. Enquanto esperava o cliente, por cerca de 40 minutos, eu observava um homem que estava indo ao tonel várias vezes. Quando o meu novo cliente chegou, começou a insistir para que eu bebesse. Então eu disse que pertencia a uma Irmandade, que não bebia, e por fim contei que era um AA. Esse cliente chamou o homem que já havia tomado vários goles e sugeriu a ele que fosse conhecer um Grupo para ver se conseguia parar de beber.

O homem disse: "Eu conheço o senhor. Já fui às reuniões daqui (eu havia iniciado o Grupo nesta cidade), mas como só há reuniões uma vez por semana , nos outros dias eu bebia. Então não fui mais."

Com esse depoimento eu percebi a importância do plano das vinte e quatro horas. Então, expliquei para ele que deveria ficar sem beber só por hoje, só nessas vinte e quatro horas.

O homem então completou: "Se o senhor tivesse colocado isso na minha cabeça antes, talvez eu tivesse evitado a bebida, hoje."

Depois de sentir a importância do plano das vinte e quatro horas, abracei o homem e saí com a promessa de que ele iria voltar ao Grupo. 

(Floriano, Atibaia/SP)

Vivência 53 - Mai./Jun. 1998

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