segunda-feira, 1 de junho de 2020

O Sexto Passo




SEXTO PASSO


 

"Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter."


A literatura de A.A. tem seus verbos conjugados no passado; o intuito disso é apresentar o programa como sugestão.: “Se você quer o que nós temos, tente o que nós fizemos”. Porém ocasionalmente a literatura faz uma declaração tal como: “Todos temos problemas sexuais”.
Em muitos indivíduos nos quais o isolamento não é aliviado de outras maneiras, a busca do orgasmo sexual assume uma função que não se diferencia muito do alcoolismo ou dependência de drogas.
Porém, sexo neste contexto é totalmente autoerótico. Assim, qualquer envolvimento sexual, masturbação, sexo em grupo, com animais, pornografia, seja o que for, é considerado legítimo porque satisfaz o desejo de sensação erótica. Aqui temos um conflito imediato porque nossa cultura geralmente ensina que sexo é sujo, mau em si.
Um outro fator que complica esse quadro é que o sexo apresenta aspectos similares dos da dependência. A primeira experiência romântica durante a adolescência pode evidenciar todos os sintomas de uma dependência: fixação obsessiva numa pessoa de forma a excluir outras, levando a ciclos de euforia e desespero. É o que chamamos pejorativamente de “aborrescência.
Apesar dos fatos de que os problemas com sexo estarão sempre presentes no processo de recuperação, a literatura não aborda muito esse assunto. Nunca vi uma alusão a um problema que aflige muitos dependentes em recuperação: estarem constantemente pensando em sexo. Parece que os filmes eróticos estão sempre passando na sua cabeça. Essa preocupação constante não só perturba o estado emocional do dependente, mas cria uma sensação de culpa e inferioridade que é extremamente difícil de relatar num Quarto e Quinto Passo.
Muitos dependentes, no início de sua recuperação, sentem-se com esse peso; mas com o tempo tal preocupação desaparece.
Além disso, o dependente frequentemente tem a impressão de que seu caso de dependência é muito mais complicado, pois acha que é também dependente de sexo, quando isso é raro. (O Caminho dos Doze Passos John E. Burns)
Assim nos diz nossa literatura no livro “Os Doze Passos e as Doze Tradições”: “Parece impossível gostar da lascívia. Mas, quantos homens e mulheres falam da boca para fora, e acreditam naquilo que dizem, para que possam esconder a lascívia num canto escuro de suas mentes? E, mesmo ficando dentro dos limites convencionais, muitas pessoas precisam admitir que suas excursões sexuais imaginárias são capazes de adornar-se como sonhos românticos.” (Os Doze Passos e as Doze Tradições)

AS DROGAS E O PRAZER
As drogas, de maneira geral, dão um prazer químico, o que é diferente do prazer fisiológico, que é natural. O prazer químico desaparece quando passa o efeito da droga, portanto ele pode vir e desaparecer, conforme a duração do efeito da droga utilizada. Em geral, quem procura o prazer químico não está satisfeito com a própria vida e não tem saúde psíquica suficiente para trabalhar a sua insatisfação. É importante saber que, após o prazer químico sucede-se uma depressão; isso já não acontece com o prazer natural. (123 Respostas sobre DrogasIçami Tiba)




SEXTA TRADIÇÃO:

Nenhum grupo de A.A. deverá jamais sancionar, financiar ou emprestar o nome de A.A. a qualquer sociedade parecida ou empreendimento alheio à Irmandade, a fim de que problemas de dinheiro, propriedade e prestígio não nos afastem do nosso objetivo primordial.”

“ É bastante fácil explicar: não necessitamos do dinheiro. O essencial do nosso método de A.A. é o intercâmbio pessoal de um alcoólico com outro, seja que se encontrem sentados em uma rua, numa casa ou em uma reunião. O que conta é a mensagem e não o lugar; as palavras, não as esmolas. Assim fazemos nosso trabalho falar. Aparte disso, alguns pequenos escritórios, alguns secretários, com um módico salário anual, gastos estes que são cobertos facilmente, com as contribuições voluntárias. Nossos gastos são pouco elevados.
Hoje em dia, os Grupos de A.A. respondem aos seus bem intencionados amigos: 'Nossas despesas são pequenas. Podemos ganhar o suficiente para as custear. Visto que não necessitamos de dinheiro, nem o queremos, por que correr o risco de tê-lo? Preferimos permanecer pobres. Não obstante, obrigado' ”
(A Linguagem do Coração, p.99)


SEXTO CONCEITO:

Em benefício de AA como um todo, a nossa Conferência de Serviços Gerais tem a principal responsabilidade de manter os nossos serviços mundiais e, tradicionalmente, tem a decisão final nos grandes assuntos de finanças e de normas de procedimento em geral. Mas a Conferência também reconhece que a principal iniciativa e a responsabilidade ativa, na maioria desses assuntos, deveria ser exercida principalmente pelos custódios, membros da Conferência, quando eles atuam entre si como Junta de Serviços Gerais de Alcoólicos Anônimos.

SEXTA PROMESSA:

As sensações de inutilidade e autopiedade desaparecerão.

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