TERCEIRO PASSO
Decidimos
entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, na
forma em que o concebíamos.
Perguntaram
uma vez a Bobby Fisher, o grande mestre de xadrez, qual é o
movimento mais brilhante deste jogo. Disse ele que não é possível
responder a tal pergunta, pois cada jogo tem seu movimento brilhante,
e cada jogo é sempre diferente.
Essa
história é bastante aplicável ao Terceiro Passo, poque ele será
diferente para cada pessoa. “Deus na forma em que O concebíamos”
é diferente para cada um.
É
tal e qual a história do vento. Perguntaram a jum velho marinheiro o
que é o vento, e ele respondeu: não sei, mas sei como usá-lo, e o
faço do meu jeito. Esse exemplo é especialmente aplicável, porque
o vento sopra para todos, mas, como o espírito, é percebido e
utilizado diferentemente pelas pessoas.
A
intelectual Ann Douglas descreveu sua recuperação do alcoolismo em
termos do sentimento de que “algo interveio em minha vida”. Ela
disse: “Optei por chamar a isso Deus. Realmente não sei de que
outra maneira descrevê-lo” (New York Times, 17 de outubro de
1998).
Como
diz a nossa literatura no livro “Os Doze Passos e as Doze
Tradições”: “A prática do Terceiro Passo é como abrir uma
porta que até então parecia estar fechada à chave. Tudo o que
precisamos é a chave e a decisão de abrir a porta. Existe apenas
uma só chave, e se chama boa vontade. Uma vez usada a chave da boa
vontade, a porta se abre quase sozinha. Olhando-se através dela,
ver-se-á um caminho ao lado do qual há uma inscrição que diz:
‘Eis o caminho em direção àquela fé que realmente funciona’.
(...) A eficácia de todo programa de A.A. dependerá de ‘entregar
nossa vontade e nossa viida aos cuidados de Deus, na forma em que o
concebíamos’. (Os Doze Passos e as Doze Tradições, p. 29).
A
espiritualidade em A.A. não uma questão de crença religiosa. É
uma maneira (ou certo número de maneiras) de nos posicionarmos no
mundo. Envolve um conjunto de práticas, não sendo necessariamente
preces, meditações ou até rituais prescritos de purificação, mas
uma série de maneiras, individuais ou coletivas, de pensar, olhar,
falar, sentir, mover-se e agir, sendo elas oferecidas, gratuitamente,
ao alcoólico em recuperação pelo Programa dos Doze Passos.
Três
Pressupostos para a Espiritualidade em A.A.:
1)
a Espiritualidade tem muito a ver com reflexão;
2)
a Espiritualidade não entra em conflito, e sim de mãos dadas com a
ciência;
3)
a Espiritualidade não está de modo algum limitada à religião,
muito menos à religião fanática, autoritária.
(adaptado
de Espiritualidade para Céticos – Robert C. Solomon)
“Não
somos seres humanos passando por uma experiência espiritual, …
somos seres espirituais passando por uma experiência humana.”
(Teilhard
de Chardin)
Terceira
Tradição
Para
ser membro de A.A., o único requisito é o desejo de parar de beber.
Nossa
Irmandade deve incluir todos os que sofrem do alcoolismo. Não
podemos, portanto, recusar quem quer que deseje se recuperar. A
condição para tornar-se membro não deve nunca depender de dinheiro
ou formalidade. Dois ou três alcoólicos quaisquer reunidos em busca
da sobriedade podem se autodenominar um grupo de A.A., desde que como
grupo não possuam qualquer outra afiliação.
Terceiro
Conceito
Como
um meio tradicional de criar e manter uma relação de trabalho
claramente definida entre os Grupos, a Conferência, a Junta de
Serviços Gerais de A.A. e as suas diversas corporações de
serviços, quadros de funcionários, comitês e executivos, assim
assegurando as suas lideranças efetivas, é aqui sugerido que
dotemos cada um desses elementos dos serviços mundiais com um
tradicional ! “Direito de Decisão”.
Terceira
Promessa
Passaremos
a compreender a palavra sanidade.
Estas palavras reforça mais minha conexão com o Poder Superior.
ResponderExcluir24 hs.