sexta-feira, 1 de março de 2019

Terceiro Passo



TERCEIRO PASSO

 
Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, na forma em que o concebíamos.

     Perguntaram uma vez a Bobby Fisher, o grande mestre de xadrez, qual é o movimento mais brilhante deste jogo. Disse ele que não é possível responder a tal pergunta, pois cada jogo tem seu movimento brilhante, e cada jogo é sempre diferente.
     Essa história é bastante aplicável ao Terceiro Passo, poque ele será diferente para cada pessoa. “Deus na forma em que O concebíamos” é diferente para cada um.
     É tal e qual a história do vento. Perguntaram a jum velho marinheiro o que é o vento, e ele respondeu: não sei, mas sei como usá-lo, e o faço do meu jeito. Esse exemplo é especialmente aplicável, porque o vento sopra para todos, mas, como o espírito, é percebido e utilizado diferentemente pelas pessoas.
A intelectual Ann Douglas descreveu sua recuperação do alcoolismo em termos do sentimento de que “algo interveio em minha vida”. Ela disse: “Optei por chamar a isso Deus. Realmente não sei de que outra maneira descrevê-lo” (New York Times, 17 de outubro de 1998).
     Como diz a nossa literatura no livro “Os Doze Passos e as Doze Tradições”: “A prática do Terceiro Passo é como abrir uma porta que até então parecia estar fechada à chave. Tudo o que precisamos é a chave e a decisão de abrir a porta. Existe apenas uma só chave, e se chama boa vontade. Uma vez usada a chave da boa vontade, a porta se abre quase sozinha. Olhando-se através dela, ver-se-á um caminho ao lado do qual há uma inscrição que diz: ‘Eis o caminho em direção àquela fé que realmente funciona’. (...) A eficácia de todo programa de A.A. dependerá de ‘entregar nossa vontade e nossa viida aos cuidados de Deus, na forma em que o concebíamos’. (Os Doze Passos e as Doze Tradições, p. 29).
     A espiritualidade em A.A. não uma questão de crença religiosa. É uma maneira (ou certo número de maneiras) de nos posicionarmos no mundo. Envolve um conjunto de práticas, não sendo necessariamente preces, meditações ou até rituais prescritos de purificação, mas uma série de maneiras, individuais ou coletivas, de pensar, olhar, falar, sentir, mover-se e agir, sendo elas oferecidas, gratuitamente, ao alcoólico em recuperação pelo Programa dos Doze Passos.

Três Pressupostos para a Espiritualidade em A.A.:
1) a Espiritualidade tem muito a ver com reflexão;
2) a Espiritualidade não entra em conflito, e sim de mãos dadas com a ciência;
3) a Espiritualidade não está de modo algum limitada à religião, muito menos à religião fanática, autoritária.
(adaptado de Espiritualidade para Céticos – Robert C. Solomon)

Não somos seres humanos passando por uma experiência espiritual, … somos seres espirituais passando por uma experiência humana.” (Teilhard de Chardin)

Terceira Tradição

Para ser membro de A.A., o único requisito é o desejo de parar de beber.

Nossa Irmandade deve incluir todos os que sofrem do alcoolismo. Não podemos, portanto, recusar quem quer que deseje se recuperar. A condição para tornar-se membro não deve nunca depender de dinheiro ou formalidade. Dois ou três alcoólicos quaisquer reunidos em busca da sobriedade podem se autodenominar um grupo de A.A., desde que como grupo não possuam qualquer outra afiliação.

Terceiro Conceito

Como um meio tradicional de criar e manter uma relação de trabalho claramente definida entre os Grupos, a Conferência, a Junta de Serviços Gerais de A.A. e as suas diversas corporações de serviços, quadros de funcionários, comitês e executivos, assim assegurando as suas lideranças efetivas, é aqui sugerido que dotemos cada um desses elementos dos serviços mundiais com um tradicional ! “Direito de Decisão”.

Terceira Promessa

Passaremos a compreender a palavra sanidade.


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