VIVER
SÓBRIO
Desvendando
o livro:
Mesmo
as palavras “ficar sóbrio” – quanto mais viver sóbrio –
ofendiam muitos de nós quando as ouvíamos pela primeira vez. Embora
tivéssemos bebido um bocado, jamais nos sentíamos bêbados e
estávamos convencidos de que nem mesmo parecíamos embriagados.
Muitos
de nós nunca cambaleávamos, caíamos ou enrolávamos a língua;
muitos outros nunca cometeram desordens, nunca perderam um dia de
trabalho ou, positivamente, jamais foram internados em hospitais nem
presos por embriaguez.
Conhecíamos
muitas pessoas que bebiam muito mais do que nós e outras totalmente
incapazes de controlar a bebida. Nós não éramos assim. Por isso, a
sugestão de que talvez devêssemos “ficar sóbrios” era quase
insultante.
Além
disso, parecia desnecessariamente drástica. Como poderíamos viver
assim? Certamente nada de mal poderia haver nuns dois aperitivos no
almoço de negócios, ou antes, do jantar. A gente não tem o direito
de tranquilizar-se com uns tragos ou algumas cervejas antes de
dormir.
Contudo,
depois que aprendemos algumas realidades sobre a doença chamada
alcoolismo, mudamos de opinião. Nossos olhos abriram-se para o fato
de que, ao que parece, milhões de pessoas são portadoras da doença
do alcoolismo. A ciência médica não explica sua “causa”, mas
os médicos especialistas em alcoolismo garantem que um só gole traz
contratempo ao alcoólico ou bebedor problema. E nossa experiência
confirma isso com exuberância.
Desta
maneira, não beber nada – isto é, ficar sóbrio – torna-se a
base da recuperação do alcoolismo. E repetimos para frisar bem:
viver sóbrio não é absolutamente desagradável, aborrecido e
desconfortável como prevíamos; é, sobretudo, algo que começamos a
desfrutar e a considerar mais excitante do que nossos dias de
bebedeira. Vamos mostrar-lhe como.
(JUNAAB)
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