segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Um dia por vez, devagar se vai ao HOJE


Um dia por vez, devagar se vai ao HOJE                                      

Já vivi num mundo de sonhos e ilusões. Sonhava alto demais. E como não conseguia realizar esses sonhos, acabava me magoando e aos outros também. Com isso, vinha a decepção e com ela misturavam-se a autopiedade, o sentimento de inferioridade, a inveja, o ódio. Sentimentos que destroem qualquer ser humano.

Sem saber o que fazer, caí numa armadilha, passei a fazer uso de uma substância e só pela graça de Deus não perdi a vida.

Durante oito anos fiquei na escuridão, sofrendo e fazendo a família sofrer. Mas, como tudo tem um fim, meu sofrimento terminou no ano de 1994, com minha chegada a Alcoólicos Anônimos.

Descobri que sou impotente perante o álcool. Descobri também um programa que me ensinou a viver um dia por vez. Não sofro com as lembranças do passado... pois ele já passou e não voltará jamais. Não tenho medo do futuro, pois quando ele chegar será hoje.

Então, o que me interessa mesmo é viver o dia de hoje. Sonhando de acordo com minha vida, vivenciando aquilo que me é possível.

Vivo o meu dia da melhor forma possível, assim venho conseguindo atingir meus ideais, que são viver em paz comigo mesmo, com minha família, a sociedade, trabalhar, respeitar o meu semelhante e ser respeitado. Minha meta é viver um dia de cada vez dessa forma. Agradeço a todos os companheiros do grupo de A.A. Também não posso esquecer a minha esposa que, mesmo sofrendo, conseguiu se manter ao meu lado e foi a responsável pela minha chegada em A.A Hoje ela está no Al-Anon e eu em AA - graças à ajuda de um Poder Superior conseguimos superar nossas dificuldades através do programa. Hoje sei que é possível viver longe do álcool um dia de cada vez.

Vinte e quatro horas de sobriedade a todos os meus companheiros de A.A.

(Ronaldo, São Paulo /SP)

VIVÊNCIA N°. 68 – NOV/DEZ DE 2000.

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