domingo, 26 de agosto de 2012

Alcoolismo


ALCOOLISMO

O alcoolismo surge na vida de um ser humano como o nascer de um rio.

Este, ao pesquisarmos sua origem, vem de um lugar bem longínquo: de um olho d’água, de uma serra ou mesmo de uma colina.

Na proporção em que desce, torna-;se cada vez mais forte e largo. E, para que ele possa passar, vai destruindo e machucando tudo e a todos à sua volta, deixando atrás de si, tristezas, amarguras, abandonos, lágrimas ... Corre desenfreado e só é barrado quando chega ao destino final: O OCEANO.

Do mesmo modo somos nós. Dificilmente sabemos quando começamos a beber. E o pior de tudo, é não percebermos a sua evolução e os danos causados a tudo e a todos que nos cercam. Nossos familiares, por desconhecimento, escondem e até contribuem para a ocorrência de tal fato, quando, impensadamente, encobrem ou tentam encobrir todas as atribuições que o alcoólico deixa de cumprir.

A sociedade, que tanto o influenciou para esta degradante jornada, o joga na sarjeta. Como o rio, o bebedor vai descendo desenfreadamente para o OCEANO de lama e que tem como final "MORTE PREMATURA".

O rio pode, parcialmente, mudar o seu curso natural, porém, dificilmente o seu destino. Quanto ao alcoolismo, podemos estacioná-lo. Basta o bebedor problema admitir ser impotente perante o álcool e ter perdido o controle da situação. Quer ele queira ou não, tornou-se escravo do álcool e só vive para ele e do qual passou a ser defensor absoluto, e que com o tempo, como num redemoinho, se envolve mais e mais.

A chave da situação está tão somente na admissão de que fracassou (como todos fracassam na acirrada batalha diante do alcoolismo). Para obter a abstinência, tem que reter o olho d' água (primeiro gole) do rio chamado alcoolismo e ir aterrando todo o leito até o oceano de lama, com os ingredientes contidos nos Doze Passos. De nada adianta fecharmos o olho d' água (Primeiro Passo) se não aterramos todo o Curso do rio, reflorestando, revitalizando, reconstruindo pontes e cidades (os Doze Passos). Sem isso, não estaremos fazendo a reforma necessária, podendo ainda, assim, haver uma avassaladora enchente chamada recaída.

Para que tal catástrofe não ocorra, temos que estar sempre inteirados e absorvidos com a programação e seguindo as sugestões contidas nos Doze Passos e nas demais literaturas.

Guedes S. Lourenço da Mata

VIVÊNCIA 25 JUL/AGO/SET. 93 

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