SEXTO
PASSO
“Prontificamo-nos
inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de
caráter”
A
literatura de A.A. tem seus verbos conjugados no passado; o intuito
disso é apresentar o programa como sugestão.: “Se você quer o
que nós temos, tente o que nós fizemos”. Porém ocasionalmente a
literatura faz uma declaração tal como: “Todos temos problemas
sexuais”.
Em
muitos indivíduos nos quais o isolamento não é aliviado de outras
maneiras, a busca do orgasmo sexual assume uma função que não se
diferencia muito do alcoolismo ou dependência de drogas.
Porém, sexo neste contexto é
totalmente autoerótico. Assim, qualquer envolvimento sexual,
masturbação, sexo em grupo, com animais, pornografia, seja o que
for, é considerado legítimo porque satisfaz o desejo de sensação
erótica. Aqui temos um conflito imediato porque nossa cultura
geralmente ensina que sexo é sujo, mau em si.
Um
outro fator que complica esse quadro é que o sexo apresenta aspectos
similares dos da dependência. A primeira experiência romântica
durante a adolescência pode evidenciar todos os sintomas de uma
dependência: fixação obsessiva numa pessoa de forma a excluir
outras, levando a ciclos de euforia e desespero. É o que chamamos
pejorativamente de “aborrescência”.
Apesar
dos fatos de que os problemas com sexo estarão sempre presentes no
processo de recuperação, a literatura não aborda muito esse
assunto. Nunca vi uma alusão a um problema que aflige muitos
dependentes em recuperação: estarem constantemente pensando em
sexo. Parece que os filmes eróticos estão sempre passando na sua
cabeça. Essa preocupação constante não só perturba o estado
emocional do dependente, mas cria uma sensação de culpa e
inferioridade que é extremamente difícil de relatar num Quarto e
Quinto Passo.
Muitos dependentes, no início
de sua recuperação, sentem-se com esse peso; mas com o tempo tal
preocupação desaparece.
Além
disso, o dependente frequentemente tem a impressão de que seu caso
de dependência é muito mais complicado, pois acha que é também
dependente de sexo, quando isso é raro. (O
Caminho dos Doze Passos –
John
E. Burns)
Assim
nos diz nossa literatura no livro “Os Doze Passos e as Doze
Tradições”: “Parece impossível gostar
da
lascívia. Mas, quantos homens e mulheres falam da boca para fora, e
acreditam naquilo que dizem, para que possam esconder a lascívia num
canto escuro de suas mentes? E, mesmo ficando dentro dos limites
convencionais, muitas pessoas precisam admitir que suas excursões
sexuais imaginárias são capazes de adornar-se como sonhos
românticos.” (Os
Doze Passos e as Doze Tradições)
AS
DROGAS E O PRAZER
As
drogas, de maneira geral, dão um prazer químico, o que é diferente
do prazer fisiológico, que é natural. O prazer químico desparece
quando passa o efeito da droga, portanto ele pode vir e desaparecer,
conforme a duração do efeito da droga utilizada. Em geral, quem
procura o prazer químico não está satisfeito com a própria vida e
não tem saúde psíquica suficiente para trabalhar a sua
insatisfação. É importante saber que, após o prazer químico
sucede-se uma depressão; isso já não acontece com o prazer
natural. (123
Respostas sobre Drogas
– Içami
Tiba)
SEXTA
TRADIÇÃO:
“Nenhum
grupo de A.A. deverá jamais sancionar, financiar ou emprestar o nome
de A.A. a qualquer sociedade parecida ou empreendimento alheio à
Irmandade, a fim de que problemas de dinheiro, propriedade e
prestígio não nos afastem do nosso objetivo primordial.”
“
É bastante fácil explicar: não necessitamos do dinheiro. O
essencial do nosso método de A.A. é o intercâmbio pessoal de um
alcoólico com outro, seja que se encontrem sentados em uma rua, numa
casa ou em uma reunião. O que conta é a mensagem e não o lugar; as
palavras, não as esmolas. Assim fazemos nosso trabalho falar. Aparte
disso, alguns pequenos escritórios, alguns secretários, com um
módico salário anual, gastos estes que são cobertos facilmente,
com as contribuições voluntárias. Nossos gastos são pouco
elevados.
Hoje
em dia, os Grupos de A.A. respondem aos seus bem intencionados
amigos: 'Nossas despesas são pequenas. Podemos ganhar o suficiente
para as custear. Visto que não necessitamos de dinheiro, nem o
queremos, por que correr o risco de tê-lo? Preferimos permanecer
pobres. Não obstante, obrigado' ”
(A Linguagem do Coração,
p.99)
SEXTO
CONCEITO:
Em
benefício de AA como um todo, a nossa Conferência de Serviços
Gerais tem a principal responsabilidade de manter os nossos serviços
mundiais e, tradicionalmente, tem a decisão final nos grandes
assuntos de finanças e de normas de procedimento em geral. Mas a
Conferência tambÉm reconhece que a principal iniciativa e a
responsabilidade ativa, na maioria desses assuntos, deveria ser
exercida principalmente pelos custódios, membros da Conferência,
quando eles atuam entre si como Junta de Serviços Gerais de
Alcoólicos Anônimos.
SEXTA
PROMESSA:
“As
sensações de inutilidade e autopiedade desaparecerão.”
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